sexta-feira, 3 de setembro de 2010
sábado, 21 de agosto de 2010
Ele anda em direção ao que nunca saberá ao certo o que é o certo.
--------- Não é nada falso, ou real... não é nada. ----------------
Continua seus passos com uma lentidão perturbadora. Seus olhos piscam quase não querendo abrir novamente. O mesmo olho-olhar pro chão. O céu, mesmo que limpo e azul, não é uma visão atrativa.
Supostamente livre. Livre dos sentimentos. Sentimentos todos. Sentimentos tolos.
Como se não pudesse mais continuar ele vai parando e senta. Dali ele vê boa parte do parque. O sol quente e imenso recobre sua carcaça sentada no parapeito da ponte. Logo abaixo o rio espelhando o céu.
Afinal... o céu fica acima ou abaixo?
Agora com os olhos cobertos por lentes escuras. Continua sentado. Carros trafegam na ponte.
A mochila também repousa ao parapeito.
"- Eu mereç... seria bom estar no céu...?"
O céu era muito alto. Mas não tão alto quanto ele. Preferiu um céu oposto. Um espelho de céu.
Carros trafegam sobre a ponte.
Não há mais ninguém sentado.
Somente mochila ainda repousa sobre o parapeito.
Talvez tenha ido mesmo pro céu.
.
.
.
--------- Não é nada falso, ou real... não é nada. ----------------
Continua seus passos com uma lentidão perturbadora. Seus olhos piscam quase não querendo abrir novamente. O mesmo olho-olhar pro chão. O céu, mesmo que limpo e azul, não é uma visão atrativa.
Supostamente livre. Livre dos sentimentos. Sentimentos todos. Sentimentos tolos.
Como se não pudesse mais continuar ele vai parando e senta. Dali ele vê boa parte do parque. O sol quente e imenso recobre sua carcaça sentada no parapeito da ponte. Logo abaixo o rio espelhando o céu.
Afinal... o céu fica acima ou abaixo?
Agora com os olhos cobertos por lentes escuras. Continua sentado. Carros trafegam na ponte.
A mochila também repousa ao parapeito.
"- Eu mereç... seria bom estar no céu...?"
O céu era muito alto. Mas não tão alto quanto ele. Preferiu um céu oposto. Um espelho de céu.
Carros trafegam sobre a ponte.
Não há mais ninguém sentado.
Somente mochila ainda repousa sobre o parapeito.
Talvez tenha ido mesmo pro céu.
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domingo, 1 de agosto de 2010
sábado, 24 de julho de 2010
São quase 23:44. Somente se levanta e vai em direção ao banheiro do bar medíocre. Aquela mesa de número 26 só é ocupapada por uma única cadeira: a dele. Por passar tanto tempo no copo intocado, a cerveja do já não está "estupidamente". De estúpido somente os passos cambaleantes causados por algumas cinco garrafas atrás. Daquele sujeito não se vê nem se espera nada. Ele não é notado, não é comentado.
Passando por entre as cadeiras ocupadas por gargalhadas, discursos filosóficos, flertes detestáveis e conversas regadas à palavrões ele se sente parte daquele circo. O problema é que não há ninguém nesse circo que aplauda o seu número... que ilumine sua imagem ao centro do picadeiro.
- - - - - - - Ele pára.
Diante dos seus olhos a porta branca e fechada do banheiro. Um som de descarga, um estalado do ferrolho da porta e o usuario do "toilette" desocupa o espaço à medida que passa direto e nem nota os olhos inchados e vermelhos parados ali na porta, sedento por desfrutar da límpida água da torneira para lavar seu rosto cansado. Ao concluir sua odisséia até o cubículo iluminado por uma lâmpada alaranjada e quente, ele ajoelha-se como numa presse e apóia as mão nas coxas diante do vaso sanitário onde boiam na urina duas ou três pontas de cigarros, um pedaço de papel higiênico e uma formiga vermelha morta - daquelas que sempre estão sagazmente passeando dentro do açucareiro. Ele baixa a cabeça subtamente enquanto o flúido amargo, viscoso e composto por restos do almoço brota de sua boca caindo em cachoreiras e espalhando as pontas de cigarro, a formiga e mescaldo-se a urina de dentro do vaso. Depois de trê fortes regurgitadas ele respira e cospe um flagelo de baba grossa ao chão do lavábo. Levanta e tentando se recompor ele observa a barra da sua bermuda e parte de seu joelho molhados por líquidos de procedência duvidosa esparramados ao pé da privada. Vai até a torneira e lava a face. Bochecha algumas vezes para tirar o gosto ruim da boca.
Saindo do banheiro ele volta na sua caminhada até sua mesa de número 26. Senta, pede a conta, paga a conta, levanta-se novamente e segue pra sua casa, que fica a alguns quarteirões do bar. Amanhã cedo ele trabalha e já é hora de dormir.
Passando por entre as cadeiras ocupadas por gargalhadas, discursos filosóficos, flertes detestáveis e conversas regadas à palavrões ele se sente parte daquele circo. O problema é que não há ninguém nesse circo que aplauda o seu número... que ilumine sua imagem ao centro do picadeiro.
- - - - - - - Ele pára.
Diante dos seus olhos a porta branca e fechada do banheiro. Um som de descarga, um estalado do ferrolho da porta e o usuario do "toilette" desocupa o espaço à medida que passa direto e nem nota os olhos inchados e vermelhos parados ali na porta, sedento por desfrutar da límpida água da torneira para lavar seu rosto cansado. Ao concluir sua odisséia até o cubículo iluminado por uma lâmpada alaranjada e quente, ele ajoelha-se como numa presse e apóia as mão nas coxas diante do vaso sanitário onde boiam na urina duas ou três pontas de cigarros, um pedaço de papel higiênico e uma formiga vermelha morta - daquelas que sempre estão sagazmente passeando dentro do açucareiro. Ele baixa a cabeça subtamente enquanto o flúido amargo, viscoso e composto por restos do almoço brota de sua boca caindo em cachoreiras e espalhando as pontas de cigarro, a formiga e mescaldo-se a urina de dentro do vaso. Depois de trê fortes regurgitadas ele respira e cospe um flagelo de baba grossa ao chão do lavábo. Levanta e tentando se recompor ele observa a barra da sua bermuda e parte de seu joelho molhados por líquidos de procedência duvidosa esparramados ao pé da privada. Vai até a torneira e lava a face. Bochecha algumas vezes para tirar o gosto ruim da boca.
Saindo do banheiro ele volta na sua caminhada até sua mesa de número 26. Senta, pede a conta, paga a conta, levanta-se novamente e segue pra sua casa, que fica a alguns quarteirões do bar. Amanhã cedo ele trabalha e já é hora de dormir.
terça-feira, 20 de julho de 2010
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