sábado, 21 de agosto de 2010



Ele anda em direção ao que nunca saberá ao certo o que é o certo.


--------- Não é nada falso, ou real... não é nada. ----------------



Continua seus passos com uma lentidão perturbadora. Seus olhos piscam quase não querendo abrir novamente. O mesmo olho-olhar pro chão. O céu, mesmo que limpo e azul, não é uma visão atrativa.

Supostamente livre. Livre dos sentimentos. Sentimentos todos. Sentimentos tolos.

Como se não pudesse mais continuar ele vai parando e senta. Dali ele vê boa parte do parque. O sol quente e imenso recobre sua carcaça sentada no parapeito da ponte. Logo abaixo o rio espelhando o céu.

Afinal... o céu fica acima ou abaixo?

Agora com os olhos cobertos por lentes escuras. Continua sentado. Carros trafegam na ponte.

A mochila também repousa ao parapeito.

"- Eu mereç... seria bom estar no céu...?"

O céu era muito alto. Mas não tão alto quanto ele. Preferiu um céu oposto. Um espelho de céu.


Carros trafegam sobre a ponte.

Não há mais ninguém sentado.

Somente mochila ainda repousa sobre o parapeito.




Talvez tenha ido mesmo pro céu.





.
.


.

domingo, 1 de agosto de 2010