domingo, 15 de fevereiro de 2009

Na pilha de corpos sem face, no bolo de mortos sem cor, no silêncio absoluto, ainda consegue se perceber um pouco som... um pequeno batimento...

-"tum dum... tum dum..."

E todo o cenário em preto e branco, nebuloso, úmido... mesmo sombrio, ainda se sente uma pequena respiração... naquela imensa montanha de corpos... todos sem face... sem sexo... sem alma...
Se pode ouvir, em algum lugar dali, os pulmões se enchendo e se esvaziando de ar...
Apertado... meio "amassado" ainda tenta persistir a "vida" num lugar tão inexistente de calor...

Um ser ainda luta pela "luz do dia"...

Mas antes... ele tem que sair da pilha de corpos... sem cor... sem vida... sem alma...

Ele terá de se libertar.

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