Numa sexta-feira datada 13/02/09, depois de anos frustrado e sendo um "mazela", ali estava eu, novamente... no colégio...
Em outra posição, por causa de um curso de letras em andamento, o que me permite outra "patente". Mas não tão confortável quanto a de aluno... e sim outra... bem mais diferente... e um tanto quanto desconfortável...
...Professor...
Era como me chamavam os membros que estavam na coordenação. Outros professores, coordenadora...
Pincel e apagador na mão, sigo até a sala de aula. Alguns "Psiu", "Ei", de alguns alunos são soados, mas a timidez não me deixa nem olhar pros lados.
Na porta da sala, à espera dos rapazes e moças, me bate uma pequena confiança de que "Eu posso fazer isso, môchapa!".
Alunos entrando na sala, e os olhares me alfinetavam - claro, eu estava ali na frente... olhares era do que eu não iria escapar. Mas esse não era o único motivo... a causa de estranheza era a substituição que eu estava ali, procedendo, a um colega que não pôde ir dar aula.
"Cadê o professor? É o senhor que vai ficar aqui agora? Ele tá doente?"... pffff... senhor... eu...?
Meu rosto franzino não permite tal definição. Não mesmo...
E assim, depois que anunciei um "Bom dia" meio caipira de tanta timidez, expliquei o ocorrido sobre a tal substituição, que foi somente casual, e comecei minha "aula" de espanhol.
É incrível como tudo volta... observar as brincadeiras, as bobagens (que quando eu escutava, me esbarrotava de rir, discretamente, claro, enquanto copiava a matéria no quadro), as "briguinhas"... nunca mudam.
E assim foi a aula dada no 8° ano.
Próxima aula, 9° ano...
Não muito cheio de novidades... só os alunos um pouco mais eufóricos... as mistura de hormônios e testosterona deixa a sala mais "pesada". Mas turma tranquila, também.
Aulas dadas...
Na mesma sexta uma ligação... teria de dar outra aula no sábado bem cedo... reposição de umas aulas não dadas no início do ano letivo.
Desta vez, 7° ano... alunos mais novos, sábado pela manhã, dia chuvoso... aula boa demais. Turminha gente fina.
É a vida girando... eu me vi ali... sentado na cadeira... anotando a matéria, na época do colégio.
É a vida...
Eu... professor... quem diria...
...
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Um comentário:
Pôxa, meu irmão, esse blog é teu interior posto em palavras, teus medinhos, teus "encorajamentos interiores", num é qualquer um que se atreve à tal, não, cara, sério mesmo, isso é até terapêutico, você descrever tuas afliçoes interiores, minha oração em respeito à teu blg, muitas pessoas encorajadas à seguir tal exemplo, e aliviarem a dor, sem coisa ilícitas paupáveis, mas, cada um, contra o próprio medo, e por fim, satisafções de um ser melhor, por não se acovardar, ante o nosso maior inimigo...um "tal" de coração...
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